A Ascensão da Corrida Espacial Africana: Uma Batalha Singular

A Ascensão da Corrida Espacial Africana: Uma Batalha Singular

A cientista camaronesa Marie Makuate tem estado na vanguarda do uso de informações coletadas por satélites para ajudar a salvar vidas de pessoas na Terra em situações de emergência. No entanto, ela argumenta que o custo desses dados deve impulsionar mais países africanos a lançarem seus próprios equipamentos espaciais.

Mapeando Desastres em Tempo Real

Horas após o terremoto fatal que atingiu o centro de Marrocos em setembro passado, o telefone de Marie Makuate começou a tocar. Ela estava a milhares de quilômetros da zona de destruição, mas suas habilidades na análise de imagens de satélite eram vitais. Como especialista em geoespacial da ONG Humanitarian OpenStreetMap Team, ela cria mapas para ajudar os serviços de emergência a navegar em um território imprevisível, para que as pessoas necessitadas possam ser alcançadas rapidamente.

O Custo dos Dados de Satélite

No entanto, devido aos custos associados ao lançamento e manutenção de um satélite em órbita, as imagens das quais os analistas geoespaciais dependem podem ser caras, especialmente quando são necessárias em curto prazo, como no caso de desastres naturais. Makuate precisa negociar com parceiros de satélite para obter as melhores imagens de qualidade gratuitamente durante emergências.

Mais Satélites Africanos, Mais Dados Disponíveis

Makuate defende que mais países africanos deveriam enviar seus próprios satélites para o espaço e tornar seus dados mais amplamente disponíveis. Isso não se trata apenas de emergências, pois as imagens de satélite podem ajudar em diversas áreas, como agricultura, análise de mudanças populacionais e compreensão do que está acontecendo com recursos naturais como a água.

Investimento e Educação: Chaves para o Setor Espacial Africano

O setor espacial africano tem um enorme potencial, com expectativa de ultrapassar os $20 bilhões até 2026. No entanto, a maior parte desse dinheiro vem de fora do continente, através de empresas que vendem serviços para africanos. Makuate e outros especialistas acreditam que um maior investimento dentro do continente servirá melhor os governos africanos, muitas vezes prejudicados pela falta de dados confiáveis.

Superando o Obstáculo da Educação

O principal obstáculo para as ambições espaciais da África é o acesso à educação. Makuate fundou a Geospatial Girls and Kids, uma associação que oferece treinamento profissional gratuito em ciência geoespacial para jovens mulheres no Cameroun e na Costa do Marfim. Ela espera criar a próxima geração de especialistas capazes de analisar imagens de satélite, que possam trabalhar com os dados gerados por equipamentos enviados ao espaço por governos africanos.

Impactando Vidas através da Tecnologia Espacial

Para Makuate, tudo o que ela faz tem um único propósito: impactar a vida das pessoas. Ela acredita que, com mais países africanos lançando seus próprios satélites e disponibilizando seus dados, todos no continente poderão se beneficiar, desde a agricultura até a compreensão de recursos naturais.

Superando Desafios e Inspirando Outras Mulheres

Apesar dos obstáculos, Makuate está determinada a criar a próxima geração de especialistas em análise de imagens de satélite. Ela espera que, ao ver mais mulheres nesse campo científico, outras sejam inspiradas a seguir o mesmo caminho. Com sua dedicação e visão, Makuate está liderando a batalha pela expansão da corrida espacial africana.

Referências

One woman’s battle to push Africa’s space race
The battle for Cape Town – digital nomads vs locals
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OpenAI transcribed over a million hours of YouTube videos to train GPT-4
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